A Samsung continua expandindo sua linha Galaxy A, e o A17 chega como mais uma aposta da marca para conquistar quem busca um celular intermediário sem gastar uma fortuna. Mas será que ele entrega o que promete? Será que vale o investimento ou é melhor olhar para outras opções? Vou contar tudo que descobri sobre esse aparelho, do jeito mais honesto possível.
Quando você pega o Galaxy A17 pela primeira vez, a sensação é de um celular que não tenta ser o que não é. O acabamento em plástico é honesto, sem aqueles truques de parecer vidro que acabam enganando por dois dias. É leve, o que pode ser um alívio se você passa horas com o celular na mão vendo stories ou jogando.
A traseira tem um fosco discreto que não fica cheio de dedada a cada toque — e isso, sinceramente, já vale muito. Os botões ficam bem posicionados, fáceis de alcançar mesmo com uma mão só. O módulo de câmera não é muito saliente, então o celular fica mais ou menos equilibrado quando você coloca na mesa.
Agora, se você espera aquela sensação premium de aparelhos mais caros, não vai encontrar aqui. É um celular simples, funcional, que cumpre o papel sem tentar impressionar. Pesa cerca de 190g, o que é confortável para usar o dia todo.
A tela do A17 tem 6,7 polegadas com painel Super AMOLED, e aqui a Samsung mostra por que ainda lidera quando o assunto é display. As cores são vivas, os pretos são realmente pretos (não aquele cinza escuro que você vê em LCDs), e o brilho é suficiente até para usar sob o sol forte.
A taxa de atualização de 90Hz faz uma diferença bacana na fluidez. Não é aquele salto gigante dos 120Hz, mas quando você arrasta o feed do Instagram ou rola uma página web, percebe que está mais suave que os tradicionais 60Hz. Para quem nunca usou telas com alta taxa de atualização, vai achar ótimo. Para quem já se acostumou com 120Hz, pode sentir uma leve falta.
A resolução Full HD+ entrega nitidez suficiente para assistir séries no Netflix ou YouTube sem reclamar. Vi vários episódios de séries aqui e a experiência foi tranquila, com boas cores e contraste. Para redes sociais e vídeos curtos, funciona perfeitamente.
O A17 vem com o processador Exynos 1330, 8GB de RAM e 256GB de armazenamento (expansível via microSD) na versão 5G. É uma configuração intermediária honesta, sem firulas.
No dia a dia básico — WhatsApp, Instagram, navegador, YouTube — o celular se vira bem. Abre apps rapidamente, alterna entre eles sem muita dificuldade e não te deixa na mão nas tarefas comuns. É aquele desempenho que você não elogia, mas também não xinga.
Agora, se você é do time que joga pesado, tipo Genshin Impact ou jogos similares, vai encontrar limitações. Dá para jogar, mas em configurações gráficas mais baixas. Jogos leves como Free Fire, PUBG Mobile e Call of Duty Mobile rodam de boa em gráficos médios. O celular esquenta um pouco em sessões longas, mas nada absurdo.
Se você faz multitarefa pesada — tipo editar vídeo no celular ou usar apps muito exigentes — vai perceber algumas engasgadas. Mas, sendo justo, não é para isso que o A17 foi feito.
O sistema de câmeras traz uma principal de 50MP, uma ultrawide de 5MP e uma frontal de 13MP. Vamos aos detalhes do que importa: as fotos.
Câmera principal: Em luz boa, as fotos ficam bem decentes. Cores naturais, boa nitidez e um processamento que não exagera. Não é aquele nível de flagship que faz você dizer “uau”, mas entrega fotos que você posta sem vergonha nas redes sociais. O modo noturno existe, e até ajuda em ambientes mais escuros, mas não espere milagres — as fotos em baixa luz ficam com ruído e perdem bastante detalhe.
Ultrawide: Aqui está a parte mais fraca. A câmera de 5MP é basicamente para quando você quer encaixar mais gente ou paisagem na foto, mas aceita que vai perder qualidade. As fotos ficam com menos nitidez e as cores mudam um pouco. É útil em algumas situações, mas não é algo que você vai usar sempre.
Câmera frontal: Os 13MP fazem selfies bacanas em boa iluminação. O modo retrato funciona razoavelmente — às vezes erra o recorte do cabelo, mas nada que estrague totalmente. Para videochamadas, está mais que suficiente.
Vídeos: Grava até 1080p a 30fps. A qualidade é OK, mas a estabilização deixa a desejar. Se você anda muito enquanto grava, vai ter aquele tremido característico. Para vídeos rápidos nas redes sociais, cumpre o papel.
A bateria de 5.000 mAh é um dos pontos fortes do A17. Com uso moderado — redes sociais, mensagens, algumas fotos, vídeos no YouTube — você consegue terminar o dia tranquilamente, às vezes até esticando para o segundo dia com uns 20% sobrando.
Se você usa mais pesado, com muitos jogos e vídeos em streaming, a bateria aguenta um dia cheio sem problemas. É aquela paz de espírito de não precisar andar com carregador na mochila ou procurar tomada no meio do dia.
O carregamento é de 25W, o que não é exatamente rápido para os padrões atuais. Leva cerca de 1h30 para carregar completamente. Não vem carregador na caixa, então você precisa usar um que já tenha em casa ou comprar separado.
O celular não esquenta muito no uso normal, apenas em jogos mais pesados ou quando você fica muito tempo gravando vídeos sob o sol.
O A17 roda Android 14 com a interface One UI 6.0 da Samsung. Se você já usou algum Galaxy, vai se sentir em casa. A interface é completa, cheia de recursos, mas pode parecer um pouco pesada se você prefere algo mais limpo e minimalista.
Tem várias funções úteis como o modo Secure Folder (para guardar apps e arquivos privados), Good Lock (para personalizar a interface), e integração com o ecossistema Samsung se você tem outros aparelhos da marca.
A Samsung promete 4 anos de atualizações de segurança, o que é ótimo para quem quer usar o celular por um bom tempo. Conectividade inclui 5G, NFC para pagamentos por aproximação, e entrada P2 para fones de ouvido — sim, a Samsung ainda mantém isso na linha A.
O leitor de digital fica na lateral, no botão de power, e funciona bem. É rápido e preciso na maioria das vezes.
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Motorola Moto G84: Custa similar e traz taxa de atualização de 120Hz, o que deixa tudo mais suave. Porém, a tela do A17 (Super AMOLED) tem cores melhores que a OLED do Moto G84. Em bateria, são parecidos. O Motorola tem Android mais limpo, mas a Samsung oferece mais atualizações garantidas.
Xiaomi Redmi Note 13 Pro: Um pouco mais caro, mas vem com carregamento de 67W (muito mais rápido) e câmeras um pouco superiores. A tela também é AMOLED e tem 120Hz. Se você pode esticar o orçamento, o Redmi entrega mais performance e velocidade de carregamento. Mas perde na promessa de atualizações de longo prazo.
O Galaxy A17 se posiciona como uma opção equilibrada, sem ser o melhor em nada específico, mas também sem pontos fracos que inviabilizem o uso.
O Galaxy A17 custa em média entre R$ 1.200 e R$ 1.500, dependendo de promoções. Para essa faixa de preço, ele compete diretamente com vários modelos intermediários que tentam entregar o máximo possível.
Vale o investimento? Depende do que você valoriza. Se você quer uma tela excelente, bateria confiável e a garantia de atualizações da Samsung por anos, sim, vale. Se você prioriza desempenho bruto ou carregamento rápido, talvez valha olhar outras opções.
Para quem usa o celular principalmente para redes sociais, mensagens, fotos casuais e consumo de conteúdo, o A17 atende bem. É um celular confiável, sem grandes surpresas (boas ou ruins).
O Galaxy A17 não é para você se:
Então, o Galaxy A17 é bom? A resposta é: sim, para o público certo.
É um celular intermediário honesto, sem tentar ser o que não é. Entrega uma tela excelente, bateria que dura o dia inteiro, câmera principal decente e a confiabilidade da Samsung. Não é o mais rápido, não tem as melhores câmeras, não carrega em meia hora, mas faz tudo que promete de forma competente.
É ideal para: quem usa o celular para redes sociais, WhatsApp, ver vídeos, tirar fotos casuais e quer algo confiável que vai durar alguns anos com atualizações garantidas.
Não é ideal para: gamers, entusiastas de fotografia, quem precisa de desempenho máximo ou carregamento ultrarrápido.
Se você se encaixa no primeiro perfil e encontrar o A17 numa promoção boa, pode ir sem medo. É aquele tipo de compra que não te faz pular de alegria, mas também não te deixa na mão no dia a dia.
Nota final: 7,5/10 — Um intermediário equilibrado que cumpre o que promete, sem exageros ou decepções graves.
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